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O que as doenças podem nos trazer de bom?


Num primeiro momento, essa pergunta nos parece um tanto quanto estranha. Como a doença, ou melhor, a “ausência de saúde” que pode provocar dores, mal-estar, alguma perda de autonomia e que pode até nos levar à morte, pode ter seu lado bom? É importante saber que uma gama enorme de doenças e sintomas físicos, se originam a partir de conflitos psicológicos, que envolvem nossos pensamentos, sentimentos e emoções. Trata-se de um fenômeno psicossomático, ou seja, a mente afetando e adoecendo o corpo físico. Isso ocorre, porque deixamos de dar a devida atenção ao nosso mundo interior, quando passamos por situações que apresentam dores afetivas e emocionais, passamos a “guardar”, ou melhor “esconder”, e que posteriormente de modo inconsciente, afetam negativamente nossas atitudes, comportamentos e tomada de decisões. Ao longo do tempo vamos percebendo que o nosso potencial vai ficando diminuído. Passamos a nos sentir menos motivados na realização de tarefas, e aos poucos vai gerando angústias, que pode ter como resultado o desânimo, a apatia, a depressão, a ansiedade, os transtornos obsessivos compulsivos entre outros. Vale lembrar que basicamente nosso organismo, opera a partir de um sistema de estímulo e resposta. Alguns hormônios como o cortisol, a adrenalina e noradrenalina, são produzidos instantaneamente quando nos encontramos em situações de perigo e risco a nossa sobrevivência, fazendo com que tenhamos maior energia para um possível ataque, defesa ou fuga. Quando esses hormônios passam a ser produzidos “continuamente” devido ao stress causado pela tristeza, angústia e ansiedade, causado por situações traumáticas, ou mesmo quando não temos consciência da causa dessas sensações, acabam por deprimir nosso sistema imunológico, tendo como resultado, o aparecimento de doenças e seus sintomas. Nesse sentido, torna-se interessante voltar a nossa atenção para os aspectos emocionais da doença, pois ela nos indica que de certa forma estamos entrando em contato com aquilo que não desejamos ver ou sentir em nós e então colocamos involuntariamente em algum lugar da nossa mente inconsciente que C.G. Jung denominou de “sombra”. Assim podemos entender que todo sintoma é um aspecto da sombra, que se precipitou no corpo físico, e para cada sintoma há uma provável indicação daquilo que nos faz falta e que nos distancia da nossa máxima potencialidade, ou seja, nos dá um alerta que estamos pensando, sentindo e se comportando de forma inadequada, e agindo em desacordo com a nossa essência.

Por isso, quando entramos em contato com os conteúdos inconscientes da sombra, ao invés de rejeita-los, o interessante é procurar ter uma certa coragem para criar um espaço de reflexão, e poder integra-la com a nossa consciência, sendo sem dúvida, algo muito importante no processo de recuperação da saúde. Para essa integração, é fundamental o autoconhecimento, e a psicoterapia pode ser uma ferramenta eficiente nesse processo. O autoconhecimento pode mudar a forma como uma pessoa interage com o outro e com o mundo a sua volta ao expandir a consciência e permitir se abrir a um mundo de infinitas possibilidades para novos aprendizados.

Rose Emely Rothemberg, autora do livro intitulado “A Joia na Ferida”, descreve que o corpo expressa as necessidades da psique e oferece um caminho para a transformação. Mostra que a doença deve ser encarada como uma joia, um deus salvador. O deus renovado significa uma atitude renovada, uma nova possibilidade de vida, uma recuperação da vitalidade. Entende-se por deus como sendo um processo de renovação, que no adoecimento físico aparece primeiro de maneira hostil e dolorosa declarando que é preciso que o indivíduo lute, e que essa luta contra o domínio paralisante do inconsciente traga à tona as forças criativas do homem.

Com o objetivo de despertar e disseminar “as consciências” de coragem interior, de integração física e psíquica, e da busca do autoconhecimento, deixo aqui a intensão de divulgar um dos principais aspectos da doença em relação à psicossomática:

“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta. ” (Carl Gustav Jung.)


Luiz Antonio Rodrigues

Psicólogo – Psicoterapeuta Metafísico.

WhatsApp: (11) 98246-5159

email: luizrodrigues.psico@hotmail.com


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