BRINCAR NÃO É BRINCADEIRA, É COISA SÉRIA!!
A importância de brincar começa desde a necessidade biológica, pois nós como seres vivos mamíferos, por conta da amamentação e o não total desenvolvimento sensório-motor.
Ao nascermos, cria-se uma dependência maior comparada com os outros seres, como por exemplo dos répteis, aves e entre outros, desta forma nos tornamos seres dependentes por tempo prolongado, ou seja, necessitamos do convívio social para nos mantermos vivos.
Conforme foi explicitado acima podemos perceber que a característica de depender do outro evoluiu com os animais mamíferos e em consequência disso podemos concluir que existe uma capacidade inata para o contato social.
Ok, mas e as brincadeiras? Vocês já perceberam que todos os mamíferos brincam? Pois é, somente os nós passam pelo processo da infância, propriamente dito, e este depende de um adulto para auxiliá-lo por mais tempo. E é exatamente na infância, que o cérebro dos mamíferos tende a se desenvolver mais do que em sua fase adulta.
Desta forma explica-se o porquê da Brincadeira em mamíferos, quando por exemplo, um cachorrinho, brinca de correr atrás de um inseto, ali ele está colocando em funcionamento seu sistema sensório-motor, e essa atividade que vai garantir um bom desempenho quando adulto. A brincadeira se torna interessante quando podemos perceber a transição do biológico para o cultural, com objetos culturais, que causam reações diversas nas crianças, e desta maneira o individuo vai buscar formas de estruturação da sua psique.
Na brincadeira de faz-de-conta, que se dá de forma imaginária, as crianças tende a resolver necessidades imediatas suas, o mais próximo possível do real, absorvendo assim todo o contexto fazendo um paralelo entre o real e o imaginário. Neste momento o individuo terá a oportunidade de reger suas ideias e ações aproximadas a realidade e dessa forma os objetos escolhidos para manusear no seu faz-de-conta, vai determinar o emprego dos objetos, ou seja, um pedaço de madeira pode virar um boneco ou um carro, isso vai variar de acordo com a intenção da criança de como ela quer executar a brincadeira.
Deste modo a criança pode ver um objeto e agir de maneira contraria a ele, pois o que vai determinar as ações são as ideias e não o objeto em si e essa capacidade de faz-de-conta permite ao indivíduo o desenvolvimento do pensamento abstrato, desenvolvimento e absorção da vontade, a capacidade de fazer escolhas conscientes, aprender a relacionar-se com o mundo, as pessoas e com ela mesma. E para que isso seja possível a fala é imprescindível no desenrolar dos processos citados, este permitirá um desabrochar, fazendo-a ampliar as suas experiências e aplica-las em seu convívio no meio cultural onde ela está inserida. E finalmente a criança poderá ampliar de tal forma seu aprendizado no contato com as experiências aprendidas que no decorrer de sua evolução ela expandirá para o contato social, através da interação com outras crianças e adultos, transformando a brincadeira em um jogo de cultura e ocupando o lugar na qual ela pertence.
Dentro desse desenrolar do desenvolvimento, um aliado, muito bom também para a brincadeira, são os BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS, e apesar de vivermos numa era em que a grande maioria dos brinquedos que se encontra nas lojas são eletrônicos, DVD’s e entre outras coisas que estimulam mais a brincarem sozinhas, na hora da brincadeira também é possível contar com o suporte dos brinquedos pedagógicos, pois eles são pensados de maneira estratégica aos pequeninos em cada faixa etária proporcionalmente, desenvolvendo as habilidades, sentidos, aspectos cognitivos e comportamentais, crescimento psicomotor, como também a construção da sua personalidade, propiciando inclusive elaborar e vivenciar situações emocionais e conflitos sentidos no dia a dia.
Sendo assim incentivar a brincadeira seja sozinho, com outras crianças, com o corpo ou até mesmo com adultos trará muitos benefícios e no final a diversão vem como brinde!
Fonte de pesquisa: Brougère G. - A criança e a cultura lúdica Rev. Fac. Educ. vol.24 n.2 São Paulo July/Dec. 1998.
Suzidalia A. Dos Santos Brito
Psicóloga CRP: 06/126904
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